Capitulo Dois:Inocente Infância
Eu era pequena.
De braços e pernas magros e delicados cobertos por uma pele branca e macia.Meus cabelos castanhos caem por minhas costas.Eu estou parada como a estatua que vi no museu na semana passada enquanto mamãe prende as presilhas em forma de borboleta em meus cabelos.
Eu saltei da cadeira,estalei um beijo em seu rosto, e puxei a alça de minah lancheira que estava sobre a mesa.Mamae sorriu,me deu minah mochila, e eu andei até a porta ficando na ponta dos pés para abri-la.O ônibus amarelo e grande esperava por mim.Peguei uma flor cor de rosa no caminho e subi aos saltos.
Me sentei ao lado de minah melhor amiga-algeum que havia conhecido ontem- e combinamos a nossa troca pirata na hora do lanche.
Pera não era minha fruta predileta,e a troca pela maça dela era perfeita.
Quando cheguei aquele monstro de cimento que se chamava escola,eu sorri anciosa para ver minahs amiguinhas e minah professora.
Desci, acenando para o moço jovem e bonito demais para ser motorista do ônibus.
Eu me sentia ainda menor naquele colégio enorme.
Acordei repentinamente, vendo que era apenas uma lembrança muito antiga.Eu agora era uma adolescente e a escola não parecia mais divertida.
Bom, cada fase da vida temos objetivos, desejos e gostos.Foi-se o tempo em que ir para escola era minah alegria diária, e que eu chorava nos fins de semana por não poder ir.
Agora, escola era sinônimo de chatice, de compromissos e responsabilidades, tudo que eu odiava porque era necessário.
Eu não conquistava mais amigos com um “Olá”, como antigamente, e sim com uma troca de favores eterno.
Eu não saltitava para entrar no ônibus, eu me arrastava até lá.
Não havia o mesmo prazer e alegria e isso me entristecia.
Quando somos crianças queremos ser adultos, quando somos adultos queremos ser crianças.Nos nunca aceitamos o que somos, queremos sempre estar a frente e isso me intrestece.